terça-feira, 6 de dezembro de 2011


               Evangélico ataca o frei Damião

Ícones religiosos sempre carregam atrás de si algum mistério. E tanto católicos quanto protestantes buscam evidenciar as falhas de comportamento dessas “personificações do poder de Deus” para desacreditá-las perante seus seguidores. Alguns desses ícones transformaram o poder da oratória em verdadeira “chibata” contra seus inimigos de fé. Martinho Lutero (1483 – 1546) pregou contra pobres camponeses que teriam interpretado mal sua oratória. O monge agostiniano ordenara que essas pobres criaturas fossem mortas a pauladas “Como cães raivosos”. “Socai e matai a mais não poder” (G. Tuchle e C.A.Bouman, Nova História da Igreja, Vol. 3), pregava o revoltoso contra homens e mulheres que entenderam a liberdade como sendo física (do jugo dos senhores feudais), não espiritual, como pregava Lutero.

O texto abaixo também deixa claro o antissemitismo do monge:
 "A Alemanha deve ficar livre de judeus, aos quais após serem expulsos, devem ser despojados de todo dinheiro e jóias, prata e ouro, e que fossem incendiadas suas sinagogas e escolas, suas casas derrubadas e destruídas (…), postos sob um telheiro ou estábulo como os ciganos (…), na miséria e no cativeiro assim que estes vermes venenosos se lamentassem de nós e se queixassem incessantemente a Deus".
Pois bem. Navegando pela internet encontrei um texto escrito por Samuel Fernandes Magalhães  Costa (ao que parece um evangélico da Igreja Congregacional, de Guarabira) em que ele ataca o comportamento do frei Damião nas missões que fazia pelo Nordeste, e mais particularmente na Paraíba. Conforme ele diz o frei costumava estimular a depredação de templos religiosos do credo protestante. Uma prova, segundo ele, foi a investida de católicos contra a cerimônia de inauguração do templo da Igreja Congregacional, em Guarabira, no dia 21 de abril de 1937. Conforme Magalhães Costa, embasado na ata dos trabalhos, teria ocorrido o seguinte:
 A agressão ocorreu no início da noite de inauguração do templo, no dia 21 de abril de 1937, na gestão do pastor Artur Pereira Barros. A ata da igreja descreve: ‘[...] um grande auditório cuja bancada estava repleta de famílias, inclusive crianças. Foram estes atacados de improviso por fanáticos do Frei Damião [...].’ Esse cerco durou mais ou menos três horas, tornando-se mais perigoso quando indivíduos previamente preparados lançavam pedras nos fios desligando a energia elétrica. Nesta ocasião a maior parte do povo arriscando a vida começou a saltar por cima dos muros, permanecendo no templo os pastores e alguns membros [...]”.
Conforme o pastor Sandro Fernandes Paiva, dirigente da Igreja Congregacional, “Hoje ela tem as portas de vidro, pois não tememos mais os fiéis de frei Damião”.
No portal www.chamada.com.br há mais depoimentos de pessoas que teriam testemunhado o frei Damião pregar a destruição dos templos protestantes. Uma das frases ditas pelo frei teria sido esta: “Não é pecado perseguir os protestantes, pois eles são inimigos da Santa Igreja Católica.”
E assim as guerras religiosas vão sobrevivendo aos séculos, e seguem renegando o elementar princípio cristão do
“Amai-vos uns aos outros.”


Fonte: http://protexto.zip.net/ 

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